CONVERSAS À VOLTA DA MESA - MANUEL AIRES MATEUS E FREDERICO VALSASSINA, DIA 24 DE MAIO, ÀS 19H


Edifício habitacional – Largo do Rato - Lisboa


FREDERICO VALSASSINA nasceu em Lisboa em 1955. Licenciado em Arquitectura pela Escola de Belas Artes de Lisboa, em Julho de 1979. Tem trabalhos publicados em Portugal e no estrangeiro. Recebe a Menção Honrosa do Prémio Valmor 2003 referente ao Projecto Alcântara Rio; em 2005, foi professor convidado da Faculdade de Arquitectura da UTL, no âmbito do Mestrado em Desenvolvimento Imobiliário, a leccionar a cadeira de Concepção dos Espaços Residenciais; em 2007, recebe o Prémio Nacional INH/ IHRU e está representado na Trienal de Lisboa. Em 2008, a obra dos novos Estúdios da RTP/RDP é seleccionada para o World Architecture Festival em Barcelona. Em 2009, a obra do Colégio de S. Tomás é seleccionada no âmbito do mesmo Festival. É, ainda, seleccionado para a Exposição Nacional de Arquitectura Habitar Portugal 2006/08 e júri convidado para o Concurso Internacional de Arquitectura a decorrer na Universidade de Campinas, Brasil. Recebe o Prémio Valmor 2004 para o projecto do Art’s Business e Hotel Centre no Parque das Nações.

MANUEL AIRES MATEUS nasce em Lisboa, em 1963, e forma-se em Arquitectura na F.A./U.T.L., em 1986. Colabora com o arquitecto Gonçalo Byrne desde 1983. Colabora com o arquitecto Francisco Aires Mateus desde 1988. Professor Convidado na Graduate School of Design, Harvard University, em 2002 e 2005, e na Fakulteta za Arhitekturo, Universa v Ljubljani, Ljubljana, em 2003-2004. Professor na Accademia di Architettura, Mendrisio, desde 2001. Professor na Universidade Autónoma de Lisboa, desde 1998. Professor na Universidade Lusíada de Lisboa, desde 1997. Monitor na F.A./U.T.L., de 1986 a 1991. Assistente na F.A./U.T.L., de 1991 a 1998. Assistente na Universidade Lusíada de Lisboa, de 1988 a 1990. Participação em exposições, conferências e seminários. Vencedor de vários prémios internacionais, Manuel Aires Mateus foi distinguido, em 2002, com o Valmor, pela Reitoria da Universidade Nova, em Campolide.

O projecto pretende concluir um importante gaveto do Largo do Rato. Este espaço mantido com um aspecto inacabado com a abertura da Rua Alexandre Herculano delimita um ângulo com o outro limite histórico da Rua do Salitre.
Esta localização confina zonas consolidadas da cidade áreas e edificados de vários tipos, tempos e escalas. Relaciona-se com o espaço aberto do Largo do Rato e com a escala abstracta da dimensão topográfica do muro do Palácio Palmela. Assume, assim, o projecto um papel mediador de realidades diversas.
O projecto é desenhado a partir da realidade encontrada, dimensionando a partir de altura do edifício “Ventura Terra“ como bitola de um equilíbrio que se sente no local, assumindo uma imagem abstracta que o relaciona com a topografia ou a materialidade do muro da Procuradoria.
O projecto que pretende ancorar este importante remate introduz ainda o problema do tempo numa área de muitos períodos históricos e construtivos do processo da cidade.
Resulta assim necessário traduzir este papel de mediador de dimensões físicas, mas também da percepção do urbano. A opção aproximou a proposta de uma escala entre o construído, “Arquitectónico” e o topográfico “territorial”. Uma ambição de um volume abstracto, “flutuante”, mas pesado pela sobreposição de camadas de pedra “tradutoras” de uma história. Pedras de lioz recolhidas na própria história da cidade, para, reutilizadas, concluírem este espaço até agora em aberto.

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